domingo, 23 de outubro de 2011

FALANDO DE POESIA

http://ateupoeta.blogspot.com.br/2011/10/falando-de-poesia.html FALANDO DE POESIA

poesia é caminho sem destino
poeta não acostuma com sina
será que é coisa de instinto?
será que se aprende ou ensina?

poesia não é pedra, mas pode ser ponte
poeta é livre, mesmo atado à métrica
instinto ou inspiração... criação
a escola está lá dentro da mente

poesia é recheio, confeito e membrana
poeta entra sem medo, criando
festa, flores, mortes, máscaras, frios
ou fazendo do gelo artefato de fogueira

poesia é mar aberto, é palco de sereias
poeta investiga o canto, o sal, a areia
nessa teia de magia, cor e ilusão
nascem elos, faustos e castelos

Ateu Poeta, Carlo Bill, Dario Luz, Davi Setta, Juleni Andrade e Vlad Betho

domingo, 16 de outubro de 2011

HOLOFOTE

HOLOFOTE

Desenho poesia em teu corpo nu
Tuas curvas curvam meus versos
Mais-que-perfeito é teu olhar
Sem pena do mundo peço
Faça-me feliz
Vira minha mente pelo avesso
Seja o lirismo dos meus dias frios
A festa de um solitário escritor
Faça o amor
Seja atriz
A protagonista em cada linha
Numa vida que não se alinha
Mas se alinhavava ao meio-dia
Arranca-me a teia torpe da nostalgia!


Dança para mim ao som do blues
Mostra teus gestos convexos
O holofote da noite é o luar
Sou cativo dos seus excessos
Faça-me feliz
Desata-me o nó dos reversos
Esqueça os abismos sombrios
E faremos um arco de cor
Serei ator
Seja atriz
A personagem da minha sina
E sem querer me ensina
Beber do teu corpo a poesia
Que me liberta dessa agonia.


Ateu Poeta e Wasil Sacharuk

sábado, 2 de abril de 2011

O FAKE E O ESQUIZOFRÊNICO

O FAKE E O ESQUIZOFRÊNICO

De repente, nasce um sacerdote...
quer o seu naco de pão da vida.
Um ateu pretende compartilhar sua fé...
quer seu quinhão da santa ceia.

Eu? Sigo sem ter nada de certeza
com a fé ou na falta dela.
Fake é o que atrás do véu senta-se,
atinando com o olho escondido

o umbigo de alguma alma ou veia.
As sementes podem florescer,
tanto as do bom convívio
como as degradantes daninhas...

mas se somos de tudo um tanto ou pouco,
atiçamos egos e idolatrias na arena desta rinha.
Qualquer fala ateia fogo na ventas,
dos que surfam no mar da ira.

Qualquer afago abranda o peito,
dos que penam por seus naturais defeitos.
Ateus, poetas e fakes esfaqueiam as mentes com poesias dementes
Crentes e descrentes em livre-pensamento herege de Hermes

Um hermético louco-bar-taverna,
Diria mais até, sanatório templo de Baco
As bacantes escrevem de forma bacana
Textos sem forma 

Sinfonias líricas se misturam a torpes e nobres opiniões
_Não sou fake!
_Que és tu, então, fake, uma idéia de Platão?
_Eu? Sou só ilusão de tua mente esquizofrênica!

Ateu Poeta & Juleni Andrade

sexta-feira, 18 de março de 2011

AMAR-TE À MORTE


AMAR-TE À MORTE

Antes de a morte ser 
É preciso amor tecer
Amortecendo

O amor, a morte e ao infinito
Palavras pulsando no ouvido como o oceano ecoando numa concha

Teus lindos olhos deixaram em meu peito uma roncha de saudade
Faça a caridade de me retribuir o olhar, pelo menos
És linda, és poesia e desfere em meu amor a nostalgia de ser platônico

Ainda estou atônito sem ti
O que senti nem sei ao certo, mas foi intenso
Por um amor pretenso nasce a poesia condoreira
Talvez seja a derradeira
Queria morrer em teus braços
Amar-te à própria morte até em Marte é minha sorte ou minha sina?
O que me fascina mais é o mistério que vai em tua mente
Aqui jaz um poeta demente
Ou, quem sabe, carente da guria que não vem


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SERÁ O POETA IMORTAL?

SERÁ O POETA IMORTAL?

Tempestuoso está o tempo
Diz a meteorologia
O tempero são os raios no Rio
De janeiro, março a setembro,
Destemperos, fantasia...

O tempo corrobora essa agonia

Até o verso que eu fazia
Fugia, sem deixar rastro
A Líbia em euforia
A Grécia revolta em chamas
E eu aqui, na lama
Por não poder escrever

Na euforia do medo
Tento, tento e o mundo envolto
Em chamas, guerras, revoltas
Tira-me a inspiração...tão vã
(Tão fútil viver o tempo do fim)

Será o fim dos meus versos?
Será o fim do mundo?
Será o poeta imortal?

Ou a poesia é que me engana
Em sonhos mil
Fantasias e ilusões?
Pensa, Poesia, que tenho mil corações?

Minha poesia é lenta
e um só coração já me esfacela
eu brinco de ser poeta
mas é pura fantasia
quanto a tudo que é bélico
ainda prefiro a beleza
e paz é o que me agrada

Será que consigo
Acompanhar o acelerar do dia a dia?
Ou será melhor sonhar com sinfonia
E Musas, sem quimeras
Quero a flor mais perfumada
Em noite enluarada
Minha jornada será bela


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ÍNDIA, MUSA DA POESIA

ÍNDIA, MUSA DA POESIA

A Índia brada
aos sete espíritos da flora
que lhe consagram senhora
à telúrica encantada

De poetisa à poesia
Numa noite enluarada
Musa de toda hora

Tem a alma de outrora
sem a cara pintada
de humanidade consagrada
que lhe respeita mundo afora

E a poesia deflagra em sua fala
Se já não fosse índia
Faria-lhe tantas vezes Onhara
Pra lua dormir enamorada

E tornar mais verde o meu dia

a literatura se inebria
com sua literária jornada
no bar da fantasia

Há fantasia literária
na jornada do dia,
ébrios buscando poesia
Que na musa índia aflora

UPAR NÃO PODE

UPAR NÃO PODE

Você não pode upar
Disse um intrépido leitor
E numa revolução poética
O bar desabou

Assava uma fornada
De medalhões
Com docinho de leite
Marmelada
E puxação de colhões

Servia o negócio
Em travessa de prata
Mais uns minutos
E dava outra upada

Começou a votação
E o povo disse não
Não se pode proibir
A poesia que eu quero
Faço subir

E subiu tal foguete
Encabeçando a lista
E não foi diferente
Subiu incandescente
Iluminando o artista


ATEU POETA,

sábado, 19 de fevereiro de 2011

ÍNDIA RARA

ÍNDIA RARA

Uma índia tão rara
Inundando a manhã
Chuva que não pára
Ao som do tupã

Fiz de ti poesia clara
No brilho de um talismã

Óh, filha de Tupi
Encante-me
Com um sorriso belo
E deixe meu sol
Mais verde-amarelo

Olho tuas curvas
Como dádivas da natureza
E devoto com sentimento
Agradecido à gentileza



Ateu Poeata, 
Daniel H.M.C, 
Juleni Andrade
19/02/2011

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A POETISA VIROU VERSO

A POETISA VIROU VERSO

Pois é, a poetisa virou verso, quem diria?
Um furdunço no bar gerou uma poesia
E ela merece, pois é muito talentosa
Tanto em verso, em sumiço ou prosa

Prosa poética, como diria paulista
E o sonetista ultrapassou a cota
Aporética que deixou os versos muito longos

Meu amigo, olha atrás da fumaça
Quem sabe, a moça não passa
Como um hiato por entre ditongos

E até hoje procuram nas matas
A poetisa do cordel
Gritam por todas as praças
Clamam seu nome ao céu

Laribel!
Laribel!
Oh menina Laribel!
Se perdeu na mata ou na torre de Babel?

Ateu Poeta, 
Wasil Sacharuk, 
Alexandre de Paula,
Dr. Plínio