sexta-feira, 18 de março de 2011

AMAR-TE À MORTE


AMAR-TE À MORTE

Antes de a morte ser 
É preciso amor tecer
Amortecendo

O amor, a morte e ao infinito
Palavras pulsando no ouvido como o oceano ecoando numa concha

Teus lindos olhos deixaram em meu peito uma roncha de saudade
Faça a caridade de me retribuir o olhar, pelo menos
És linda, és poesia e desfere em meu amor a nostalgia de ser platônico

Ainda estou atônito sem ti
O que senti nem sei ao certo, mas foi intenso
Por um amor pretenso nasce a poesia condoreira
Talvez seja a derradeira
Queria morrer em teus braços
Amar-te à própria morte até em Marte é minha sorte ou minha sina?
O que me fascina mais é o mistério que vai em tua mente
Aqui jaz um poeta demente
Ou, quem sabe, carente da guria que não vem