sábado, 2 de abril de 2011

O FAKE E O ESQUIZOFRÊNICO

O FAKE E O ESQUIZOFRÊNICO

De repente, nasce um sacerdote...
quer o seu naco de pão da vida.
Um ateu pretende compartilhar sua fé...
quer seu quinhão da santa ceia.

Eu? Sigo sem ter nada de certeza
com a fé ou na falta dela.
Fake é o que atrás do véu senta-se,
atinando com o olho escondido

o umbigo de alguma alma ou veia.
As sementes podem florescer,
tanto as do bom convívio
como as degradantes daninhas...

mas se somos de tudo um tanto ou pouco,
atiçamos egos e idolatrias na arena desta rinha.
Qualquer fala ateia fogo na ventas,
dos que surfam no mar da ira.

Qualquer afago abranda o peito,
dos que penam por seus naturais defeitos.
Ateus, poetas e fakes esfaqueiam as mentes com poesias dementes
Crentes e descrentes em livre-pensamento herege de Hermes

Um hermético louco-bar-taverna,
Diria mais até, sanatório templo de Baco
As bacantes escrevem de forma bacana
Textos sem forma 

Sinfonias líricas se misturam a torpes e nobres opiniões
_Não sou fake!
_Que és tu, então, fake, uma idéia de Platão?
_Eu? Sou só ilusão de tua mente esquizofrênica!

Ateu Poeta & Juleni Andrade