Título do livro: Ateu Poeta
Gênero: Coletânea
CAPA:
Ateu Poeta
Ateu Poeta é um dos heterônimos de Aroldo Historiador de Pacoti-Ceará.
BIOGRAFIA DO AUTOR:
https://aroldohistoriador.blogspot.com/
https://ateupoeta.blogspot.com/
Historiador, Professor, Literato, Blogueiro, Jornalista Independente, Ator Amador & Humorista.
Nascido em Pacoti-Ceará em 1º de abril de 1986.
Estudou no Jardim na Escola Menezes Pimentel, da alfabetização à 8ª série no Instituto Maria Imaculada em Pacoti. Fez cursinho no Evolutivo em 2005 em Fortaleza.
Em 2006 iniciou estudo em Administração na Faculdade Evolutivo em Fortaleza, fazendo ainda um pouco mais de um ano e abandonou para fazer novo vestibular em Pacoti na UVA-Universidade Estadual Vale do Acaraú, onde criou o Jornal Delfos no primeiro dia de aula em 2007 com mais dois colegas e formou-se em Licenciatura Plena em História em 2010.
O Jornal Delfos foi impresso 14 vezes até agora e será doravante feito em PDF, fora os sites e o blog. Continuam como Presidentes iguais e Criadores e Idealizadores Ateu Poeta e Cristiano Viana Silveira.
Praticante de alguns esportes como:
Xadrez, participando do 2º Campeonato de Xadrez de Guaramiranga em 2013;
Futebol, participando de 3 campeonatos em Pacoti, no primeiro o time só perdeu, no segundo o time foi desclassificado do Festal por ter quase todos os jogadores maiores de 18 anos, ele com 16 anos, ganhando ainda a primeira partida por W.O. e no terceiro campeonato seu time ganhou todas as partidas levando apenas um gol, terminando em 3º lugar e só o goleiro ganhando medalha;
Basket, desde o Instituto Maria Imaculada, passando pelo cursinho no Evolutivo Centro-Sul e de volta a Pacoti fez parte do 1º torneio de basket em Pacoti na quadra do Pólo de Lazer e do 1º torneio de baket meia-quadra também em Pacoti. Fez parte do time de Pacoti de basket em 2008; Vôlei pouco jogou
Hadball pouco jogou;
Capoeira, desde os 14 anos;
Karatê, onde tirou 2ª faixa em Baturité em 2012;
Muay-Thai, nível iniciante;
Krav-Magá, nível iniciante; e
Defesa-Pessoal, 4 cursos seguidos.
Tirou 3º lugar no concurso de desenhos O Pacoti Visto Por Suas Crianças (1997).
Um dos criadores do jornal VISART (2002- agora chamado Jornal Visarte em 2018)
1º lugar no Estado do Ceará em auto de natal, atuando como o Rei-Mago Baltazar (2004).
Criador e Presidente e idealizador do Jornal Delfos-CE, (2007).
Consertou a idade do Município de Pacoti, retirando um erro de 48 anos para menos, inicialmente questionando no Jornal Delfos-CE Impresso 2ª Edição (2008.)
Criador e Idealizador da Associação Cultural SEMPRE-Segmento dos Estudiosos da Memória e Patrimônio Regional da Serra de Baturité (2008).
Criador e Idealizador do 1° Arquivo Público do Interior do Nordeste (2009).
2° e 4° lugares, consecutivamente, no 1° e 2° concursos de poesia da comunidade do Orkut "Vamos Escrever um livro?"(2009 e 2010).
Criador, Idealizador e Curador da Exposição Histórica: "PACOTY: UMA HISTÓRIA EM DOCUMENTOS", aprovado pelo Banco do Nordeste (2010).
Formou-se em Licenciatura Plena em História. (2010).
Sócio do Instituto Desenvolver (2011).
Trabalhou para o Governo do Estado do Ceará como Pesquisador no Porto do Pecém (2011).
Ministrou aulas de História, Geografia, Arte, Religião & Ciências em Pacoti e em Guaramiranga no Colégio São Luís, na Escola Menezes Pimentel, na Escola Linha da Serra & na Escola Monteiro Lobato. (de 2008 a 2017).
Convenceu a UECE e o Banco do Nordeste a fazerem parceria que resultou no Projeto Espaço Nordeste, de 5 milhões de reais, instalado em Pacoti, mas servindo a todo o maciço de Baturité, de janeiro de 2012 a julho de 2016. Este projeto fez ainda a UECE ficar em 11ª no mundo, única representante do Brasil em um dos quesitos da ONU e empatar ao mesmo tempo com a USP em outro dos 95 quesitos educacionais avaliados mundialmente por esta instituição.
Foi um dos ativistas político-sociais responsáveis pela Revitalização do Sistema de Esgoto de Pacoti, representando o Jornal Delfos-CE em 2016 e inda aceitou o posto de fiscal voluntário desta obra que acabou vido apenas em 2020 e se concretizou finamente em 2022, com o investimento de mais de 6 milhões de reais enviados pelo Governador Camilo Santana (PT).
2° Lugar em concurso pensamento na comunidade "Grupo de Poesia" no Facebook (2012).
Publica notícias, contos, crônicas, poesias, fábulas, romances, artigos, peça teatral e letra de música em vários sites, dentre eles redes sociais e muitos blogs, desde 2005.
Foi candidato a vereador pelo PT em Pacoti em 2012, tendo 51 votos.
Atualmente publica em algumas páginas de Facebook e modera grupos. Tenta seguir a carreira de facebooker e de youtuber.
Participa de 2 e-books virtuais pelo Balcão de Poemas: "Por onde andei?" & "Quem sou?"; organizados pelo poeta gaúcho Wasil Sacharuk.
Participa da Antologia Poética não impressa do antigo ”Bar do Escritor” de 2011, a qual recuperou em formato virtual.
Recebeu a Comenda Domitila de Honra ao Mérito em 2016, da SECULDT-Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto de Pacoti & Prefeitura Municipal de Pacoti (2016).
Concluiu Pós-graduação em Gestão Escolar (2016).
Selecionado para o Prêmio CNNP da Editora Virara-Concurso Nacional Novos Poetas- 4x seguidas (2016, 2017, 2018 &2019).
Teve poesias selecionadas para a Revista Gente de Palavra 2x seguidas (fevereiro & abril de 2018).
Conselheiro de Cultura desde 2018, com "o cargo" de secretário na cidade de Pacoti-CE.
Membro do Comitê Gestor para implementação da Lei Aldir Blanc de 2020 em Pacoti.
Foi candidato a vereador em Pacoti pelo PCdoB.
Autor de 18 blookes (2 em andamento).
Recebeu certificado de honrarias da Secretaria de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovações de Pacoti por ajudar no desenvolvimento do Projeto "Amigo Educador", criação do Prof. Ricardo Alves, atual gestor de humanas na Educação Básica de Pacoti.
É vice-presidente local do Partido Comunista do Brasil-PCdoB pela segunda vez seguida e é pré-candidato a deputado em 2022.
Sumário:
1-Entre a caça e o caçador
2-Caneta rarefeita3-Sua saia
4-Excessivo
5-Jasmim ao mar
6-Divertida mente
7-Pérola Negra
8-Bastardos Inglórios
9-Sinfonia de catarse
10-Pluma sombria
11-Arte Maginal
12-Âncora anacrônica
13-Fogo sangue
14-A lista nazista
15-No coração da massa
16-O novo Sócrates
17-Pátria de porcelana
18-Gado digital
19-A linha de barro
20-A coroa do palhaço
21-Meretriz ao mar
22-Magma Fênix
23-Eterna ilusão
24-Freiras de Satã
25-O vício de ofício
26-O ofício do cão
27-Infinito fenecer
28-Sombra sonora
29-Turbilhão fugaz
30-(pensamento)
31-Para a vida raiar
32-Afinação
33-A mão do Maia
34-O interlocutor
35-O teatro dos vampiros
36-Unicelular
37-A bailarina e o balão
38-Quem foi?
39-Mestre de si mesmo
40-Dor sem nome
41-
42
43
44
45
46
47
48
49
50
1
ENTRE A CAÇA E O CAÇADOR
Temos a mesma sorte
Estamos mesmo todos
A um passo da morte
Só o tempo não é igual
A dor aperta bem brutal
Pra quem vai
E pra quem fica
Na espada natural
Viver é ser condor
Dançar no dissabor
Acender no caos
Entre a caça e o caçador
Nenhum ritual é ideal
Por mais tarde que seja
É sempre muito cedo
O universo nada deseja
Ateu Poeta
Novembro de 2019
2
CANETA RAREFEITA
O sistema é o morfema da escravidão
quem será que alucina?
Porque ninguém assina
A sina de Adão
De viver sem pão
Morrer na prisão
Nunca ter mansão
Sofrer na imensidão
Fenecer na sarjeta
Sem gorjeta na mão
A caneta é rarefeita
Pra qualquer civil
Porque a coroa do rei
É o mais forte fuzil
Ateu Poeta
07/12/2019
3
SUA SAIA
Céu e mar de sintonias
Encerrem a nostalgia do querer
Ré e fá de sinfonias
Destruam a agonia do não ser
Que importa a poesia ao poder?
Quem planta a esperança
E não pratica a dança do fazer
Espera pelo quê?
Não sei mais a diferença
Entre ideia e ideologia
Ambas dão cria ao relento
É preciso estar atento pra saber
O tempo vem enquanto a vida vai
Como o vento em sua saia que entra e sai
Ateu Poeta
27/12/2019
4
EXCESSIVO
Tudo que é excessivo
Pode ser brutal
Nada do que sinto é ideal
E essa vontade de rimar
Tá tão irracional
Nem sei se ainda existe carnaval
Remédio é um veneno fractal
A vida in vitro
Vive no vitral
O tédio é um terror
Dissabor sombrio
Tema do filme de abril
Sopor
Soprou sempre
Sobre o que
Se opôs
Se por
O novo sol-se-por
Quem foi que viu?
Ateu Poeta
27/12/2019
5
JASMIM AO MAR
Corrosivo cria
Cria sem fé
Cria na Santa Sé
Tudo em mim é vício
Até o ofício do jasmim
De carmim que não fiz
A minha escrita é vômito
Fel que vira mel
No céu do mar
Tantas vezes me afoguei em mim
A tábua de salvação também naufraga
Quando o mundo divaga em canção
Meu coração desaba
No fino fio da paixão errante
A epifania de Dante é delirante
Porque até o mais constante
Instante perene
É efêmero
Ateu Poeta
27/12/2019
6
DIVERTIDA MENTE
Enquanto a tristeza chora
E o desespero vai embora
A alegria ri e cora de prazer
A ira pira
A dúvida nunca soube o que fazer
A nostalgia tem saudade
E a tal da felicidade
Não se encontra na sextilha
Medo, terror, ansiedade, agonia e depressão
Transformam tudo em solidão
Mas, euforia não é razão
Pode ser insanidade
A sinestesia também mistura
Sentimentos e emoções
Não há sentido na vida
Para além dos sentidos
Mas, nem tudo que é sentido
É literal
Pois, só há um portal
Onde o insumo é triturado
Ateu Poeta
03/01/2019
7
PÉROLA NEGRA
Eu vou pagar o preço
Sem apreço à pressa
No teu endereço
Teu regaço é fonte
Da suprema inspiração
Mesmo sem a proporção proposta
Que perdi na aposta
Da suposta perfeição
É de fabricação
Que a canção sai torta
Sem decifração
O que fazer, então
Se, sem pedir licença, arrombaste a porta
Do meu coração?
Ateu Poeta
30/03/2020
8
BASTARDOS INGLÓRIOS
A funda afunda a História
E o poço não tem fundo bancário
Nem capitalização
No armário da falsa glória
Ou capitania hereditária
Na arbitrária lei
Dos grandes genocidas
Dos quais somos filhos
Bastardos e mestiços
E aprendemos com isso
A jogar o compressor roliço
Sobre nós mesmos
Pois, viver a esmo
É mais fácil que pensar
Fazer sangrar
É brinquedo de psicopata
Se a democracia mata
A ditadura desarreda
Puxa a rodo
No trottroir da violência travestida
Não há segredo nesta vida
Maior do que o mito do mistério
Porque a mentira é o critério
Que dá mais poder na lida.
Ateu Poeta
08/04/2020
9
SINFONIA DE CATARSE
O dia sempre acaba
A noite desaba
E a rima nunca vem
A chama do vulcão
Corrói meu coração
Com a força que a canção não tem
A forca da saudade
É a insanidade
Que mergulha muito além
A História é uma ferida aberta
No galho mais errado é que a glória acerta
Não existe raio de alerta
A imperfeição em si não se conserta
Verdade e falsidade são só ansiedade
Na fragilidade que a vida traz
Atrás de toda evolução
Perdeu-se uma razão
De tudo o que ficou pra trás
E todo o resto
É só rejeito do jamais
A paz apraz
Tempestade do aqui jaz
Jazz ou blues, tanto faz
No fim de tudo
Ninguém é capaz
Por um segundo, o céu se partiu
A nuvem feriu
Minha fria poesia
Em euforia
O mundo explodiu
O que era fantasia
Agora é sinestesia
Sintonia é uma miragem
Viagem aferida
Sem despedida
Sinfonia de catarse
Ateu Poeta
16/04/2020
10
PLUMA SOMBRIA
Pena que só os poetas sintam
A dor da essência
Quintessência em arritmia
A pluma sombria
Flechou meu coração
Explodiu a bolha da nostalgia
Fundiu a História com alegoria
Retórica categórica se fez lágrima
Canção e poesia
Passado, futuro e presente
Até o que está ausente
Virou sinfonia
Ateu Poeta
24/05/2020
11
Arte Marginal
Só vai prosperar
O que divulgar o vil metal
A arte marginal
É bem-vinda
Nessa vida bandida
Do cenário atual
#AteuPoeta
26/05/2020
12
ÂNCORA ANACRÔNICA
A morte é crônica
E a vida efêmera
Ancora a quimera
Da verdade anacrônica
Que agora cora
E a cor do caos devora
O lema e o leme
Que o terror
Não teme
Atira no punhal
Fúria de fogo
Fez cristal
E transformou em verso
Aquele inferno astral
Ateu Poeta
27/05/2020
13
FOGO SANGUE
Entre a algema e o fuzil
Coração meio febril
Já não bate
A mais de mil
Por paixão ou por cilada
O cidadão
já não senta na calçada
E a estrada é mortal
A História de sangue e sal
Sempre respinga
A dor púrpura
Do punhal
Que nunca cala
Nem mesmo falha
Pois a mortalha é imortal
E fala, na vida real
Quanto vale uma ferida
Aferida sem razão?
A vala leva fogo negro
Jogo perigoso
Velho povo
Tempo novo
Que se passa
Em lentidão
Desalento
Desatento
Só um toque
De lamento
Na maré
Da ilusão
Que irmana
E emana solidão
Ateu Poeta
29/05/2020
14
Fizeram uma lista de antifascistasPara o deputado estadual
Manobra nazista do Douglas Garcia
E agora o que fará o Supremo Tribunal?
Prenderá o miliciano pelo que acontece
Ou deixará mais gente ir embora
Deste país sem Constituição?
Quase mil nomes, quem é que decora?
A guerra civil já está na mão
Qual de vocês conseguiu entender?
Irão agir agora
Ou estão esperando uma declaração?
Vladimir Maiakovski
Martim Luther King Jr
Kempoviki, Dilma
Guilherme Irish
Anderson, Floyd, Andino
Marielle, Marck Bloch
Olga Benário, Evaldo Rosa
Aylan Kurdi
Pepe Mujica, Calos Prestes
Lamarca,
Marighella
Alexander Aan
Quem será amanhã?
Às vezes é preciso coquetel molotov
Para não dizer love e levar flores
Dores e cores rimam com a revolução
A bandeira verde-amarela já não é nossa
Mas, cada um de nós ainda tem coração
Nosso sangue é vermelho
Como o comunismo
Do qual o nazismo se apropriou
Sem deixar de odiar
Só não tenho certeza
Se fascista sangra
De Angra à Andaluzia
Só vamos saber
Quando a pedrada bater
Porque balas e bombas
Já arrancam os olhos
Abrolhos
Uma mera ilha
Haveria
De ser?
Ateu Poeta
07/06/2020
15
NO CORAÇÃO DA MASSA
Impuros que se punem
Juram poder julgar
Os golpistas estão em autofagia
Antropofagia no meio da pirotecnia
O lado oposto no aposto pressuposto
Pode até estar disposto
Mas, precisa estudar
Para não confundir retórica com História
Por mais categórica que seja
A cereja do lutar
O luto não pode ser em vão
O sangue tem que queimar
No coração da massa
Passa a revolução
Ateu Poeta
08/06/2020
16
O novo Sócrates
Nosso sangue jorra
Porque não temos casta
Nem mala de cocaína
Dólar na cueca
Nem rodamos a bolsa na esquina
Do congresso de gesso
O concreto já não tem endereço
O dialeto é só mais um adereço
Para esculachar a massa
Que passa
Sem saber
Porque um vai apanhar
E o outro bater
Não nascemos do ouro
Que brota no chão
E que os mais ricos roubam
Da população
Todo dia se cria
Uma nova canção
Que não sai na mídia
Grande nem média
Mera decifração
E o cifrão se vai
Quando cai o refrão
Por COVID ou fascismo
O condor é voraz
E o tempo não traz
O que morreu em Alcatraz
Ateu Poeta
Junho-2020
17
Pátria de Porcelana
Embaixador
Já não engrandece mais
Ministro é sinistro
Misto de algoz
Com capataz
O Presidente
Quando está presente
É demente
Mente, mente...
O próprio Satanás
Democracia
Há quanto tempo
Aqui jaz?
Caixão
É Bolso-família
Quadrilha-matilha
Genocida e miliciana
Quase um comercial
Da Doriana
Com direito a bolo
Moro
E Leandro Karnal
Nesta pátria abissal
De porcelana
Ateu Poeta
14/06/2021
18
GADO DIGITAL
Hoje em dia estamos no momento onde tudo é novidade para sempre, porque acontece coisa demais de uma vez e a gente é bombardeado por uma gama de informações, 99% delas totalmente inúteis, que devoramos sem digerir e logo esquecemos.
Por exemplo, há quem, certamente, nem lembre do viral "Já acabou, Jéssica?" e de tantos outros que milhões ainda nem viram e os que viram esqueceram para desocupar espaço para absorver mais material inútil que chega nos neurônios sem compactar.
Mesmo assim, uma parte dos empresário investiu no mercado de fábrica de memes. Há uma infinidade de pessoas que cria seus próprios memes, eu mesmo criei uma quantidade absurda e adapto charges ainda, sem ganhar nenhum centavo, porém, existe um mercado gigantesco e crescente focado somente em memes, e as mesmas fábricas que geram memes para um assunto geram memes para o assunto contrário e lançam os memes primordiais e vários de resposta àquele no mesmo instante e, muitas vezes, lançam no mesmo site; o dono do site lucra com a quantidade brutal de acessos sem se importar com as tretas que são geradas ou fomentadas, o que acontecer dará lucro a ele, com tanto que mantenha parceria com a fábrica de memes mais antenada ou que ganhe seguidores suficientes para que grandes empresas se interessem em associar suas marcas ao site ou empresa ou um criador famoso em particular.
Cada geração sai mais viciada em ver tudo primeiro e não lembrar nada depois; e dar nomes bestas às gerações não diminui o choque entre elas, choque cultural que, inclusive, é saudável; pois, é justamente do choque cultural que nasce a evolução do conhecimento.
Na atualidade, existe uma analfabetização em cadeia, emanada tanto por grandes multinacionais quanto pelo humor barato da indústria cinematográfica e de quadrinhos, como "Marvel Comics" e "DC Comics". Alguns exemplos disso são heróis de HQs, dentre eles o Homem-Aranha e Vingador, falando "cumequié", "cê", e outras coisas até incompreensíveis de tão bizarras; no lado da DC há "coringa" como se fosse tradução de curinga para a carta "Joker" inspirada em Arlequim e Pierrô. Transformaram Hell em "Hella" na Marvel e Harley Quinn em "Arlequina" na DC,m e por aí em diante. Harley, ao que consta seria um tipo de lebre (hara) + clareira, lugar desmatado (leah), sendo o significa mais próximo "lebre do lugar desmatado" e "quinn", seria o mais próximo da palavra rainha em Inglês (queen), mas também poderia ser uma referência à moto Harley Davidson.
O analfabetismo funcional é disseminado também pela pressa, mas, principalmente pelo humor barato que gerou o mito de que algo escrito errado seria mais engraçado; como se vê principalmente nas páginas de trolagem ao personagem Dollynho, a quem atribuem o idioma "Dollynês".
Existe também uma técnica de escrita, exagerada nas novelas da Globo, principalmente, e em muitos filmes, desde "Amâncio Mazzaropi" ao "Jeca Tatu", que serve para a classe pobre e os imigrantes, que dissemina o preconceito com os chamados "caipiras" ou até mesmo "jecas"; apesar de ser usada de forma incorporada até por uma infinidade de pessoas, serve muito mais para alimentar um estereótipo inútil do que gerar identidade, inclusive porque é empregado com um grande exagero, via de regra.
Há uma tendência na cibernética à estadunização, o que já é ruim, e a estadunização sem vogais, o que é mil vezes pior e torna a maioria do linguajar de muitos jovens quase totalmente incompreensível. E, na maioria da vezes, são expressões estúpidas como "WTF", FLW, dentre outras.
Há muitas pessoas que se enganam de que "os jovens sabem tudo na era da internet", um erro tão grande que nem Crasso cometeria, se isso não fosse anacrônico, porque não têm embasamento para pesquisar cientificamente as questões, mergulhando nas coisas que aparecem mais, sendo que as coisas que mais aparecem nas pesquisas não são as mais científicas, mas as mais patrocinadas, as que aparecem nos sites mais patrocinados, e, por fim, as mais procuradas, que, na enorme maioria das vezes, só estão entre as mais procuradas porque foram patrocinadas por algum motivo quase sempre escuso, salvo algumas pouquíssimas exceções que acabam chegando na primeira página do Google e de outros sites de buscas por aclamação popular, mas, mesmo nestes casos houve pelo menos uma pessoa que disseminou essas coisas sem parar, muitas vezes enviando para milhares de pessoas via chat pessoal, e-mails, mala-direta ou outra plataforma de aspecto semelhante.
Esta é só uma análise superficial, por mais profunda que possa parecer para os que não tiveram tempo ou meios para pensar nisto, mas, a partir daqui os seus olhos estarão abertos para a crítica da era cibernética. O meu trabalho está feito!
Ateu Poeta
Junho-2020
19
A LINHA DE BARRO
A força do grito não lhe dará razão
Protesto aflito
Conflito
Confusão
É sempre esquisito
Mas, tira o gado da contra-mão
É preciso sair da convenção
Porque o homem médio
Já não tem instinto
Vive de vinho tinto
Cigarro e ilusão
Chora por seres de barro
Boneco niilistas
E da verdade tiram sarro
Acha que o carro
Protege de todo vírus
Ou que pode comer dinheiro
Que exploda o mundo inteiro
Desde que ele tire o seu
Samaritano ou fariseu
Mataria os dois
E tocaria fogo
Porque a forca é o jogo
Que zumbi adora
A mentira milenar
A tudo devora
Torna santo o massacre
E cada guerra em si
Nesta Terra Plana
De robôs e imbecis
Matrix conclama
Mas, os transviados vis
Enchem o talo cis
E chupam o gargalo
Bebem todo o chafariz
Feito pornô atriz
Matam juiz que sair da linha
A História é a glória de quem diz
Enquanto a maioria muda
Sempre vira minoria
Pois, a euforia muda
E é muda que não se alinha
Ateu Poeta
Junho-2020
20
A coroa do palhaço
A música se foi
No seio do Brasil
A esperança ainda
Dança no covil?
Manada de boi
Gado do imbecil
Quem bota na balança
Esse fuzil?
A morte leva em vão
Mais uns tantos mil
A verdade sangra
Mas, sumiu
A coroa macabra
Cai feito luva no palhaço
A presidência é um circo
E eu não sou de aço
A poesia grita
Com grande embaraço
Ainda vale a pena
Dar um passo?
Paço sem noção
Pavilhão do esculacho
Meu país virou piada
E escracho
Sei que é ilusão
Quase tudo que faço
Mas, se for pra virar caça
Eu mesmo caço
Ateu Poeta
Junho-2020
21
MERETRIZ AO MAR
O poeta faz da lágrima canção
Criando a emoção que a palavra não diz
Cada verso dói
No coração mais pueril
Seca a sede sem cantil
E causa alucinação
Enquanto se dança
Com medo de quimera
A vida é mera
Meretriz da ação
Ateu Poeta
Julho-2020
22

MAGMA FÊNIX
A veia-verve
Ferve fogo e faz vulcão
Fere o seio da razão
Até a paixão sangrar
E gerar um Vesúvio sem nome
Que a tudo consome
Enquanto o mundo some
A dizer:_ en guard!
Ateu Poeta
Julho-2020
23
ETERNA ILUSÃO
O glacê dos seus lábios
Vira mel
É muito fácil ir ao céu
Basta você me abraçar
Clichê glacial se faz vulcão
E explode coração
O preto e o branco da canção
Separados sem razão
Paixão fere
Feito fera sem noção
Uma eterna ilusão
Que me faz sangrar
Ateu Poeta
Julho-2020
24
Freiras de Satã
Não quero ver outro final feliz
Todo vício é ilusão
E a paixão
A sedução
Para o começo do fim
Não espero distopia no divã
Da irmã de Deus
Nem quero ver fariseus e seus afãs
Ou mesmo os sinos pequeninos
Leviatãs
O sangue podre dos titãs
Primordiais feitos de maçãs
E dos mais torpes rituais
Mais virtuais que as manhãsAmanhã concederia
Mais euforia de hortelãs
Para sanar febres terçãs
Em terças-feiras
Freiras de Satã
Ateu Poeta
Julho 2020
25
O vício de ofício
Escrever é um vício
Ofício que tenho
A oferecer
Sempre que o mundo cair
No precipício
Na noite mais difícil
De sobreviver
Para poder
Dançar
Esquecer
Ver o passarar
Florescer
Assoviar no vento frio
Do ventre sombrio
Do entardecer
Quando a velhice vier
Mesmo a doer
E eu não puder cantar
Sonhar
Refazer
Talvez os versos
Façam festa
Por entre a réstia
De vida
Aferia
Ao meu coração
Ateu Poeta
Julho-2020
26
O ofício do cão
Religião é um vício
O ofício do cão
Precipício
Para a população
É difícil
Escapar do vulcão
Um sacrifício
De sanidade
Para quem quer
Descobrir a verdade
Ateu Poeta
Julho 2020
27
Infinito fornecer
Viver: profunda dicotomia do paradoxo
Somos eternas sinfonias do caos mais ortodoxo
Sinestesias musicais
Que só existem em execução
Efemérides desiguais
A verdade da ilusão
Não importa se a saudade dilacera o coração
Porque o universo é vulcão de dantesca maestria
Onde a matéria não se acaba
E tampouco se cria
Contemplar não é mais importante do que ser
Embora que o estar possa sempre prevalecer
Dia e noite: meras metades
Do infinito fenecer
Ateu Poeta
Julho 2020
28
Sombra Sonora
As memórias são reflexos
Simples sombras do que somos
Dialética sonora
Bálsamo, jiló, maçã e amora
Muito embora venha o tempo
Que a tudo devora
Mas, não pode destruir
Ou levar embora
O próprio existir
Matéria bruta que se aprimora
Da própria imperfeição
Aliteração que em tudo mora
Ateu Poeta
Julho 2020
29
Turbilhão Fugaz
A inspiração não salva
Mas, revigora
Pois, a chama do vulcão
Precisa ir pra fora
A metástase corrói
Na fraqueza que aflora
A franqueza da flor
Que à natureza implora
Perfume e sabor
O chamariz da flora
Para que a fauna sempre volte
E sirva enquanto devora
Alteza nenhuma é para sempre peremptória
A relatividade mais inativa
Às vezes muda a trajetória
O mais é ilusão
Falcatruas cruas
No turbilhão da História
Ateu Poeta
Julho 2020
30
Eu sei que a vida é um cristal, mas todo amigo deveria ser imortal
28/07/2020
31
PARA A VIDA RAIAR
Sempre que eu penso
Que o luto acabou
Eu revivo novamente
Que você não ficou
E eu fiquei pra trás
Sem você
Agora tanto faz
Por que a vida é assim
Tão Fugaz?
Sem você
A esperança aqui jaz
Sem você
Eu já nem sei mais
quem eu sou
A saudade
Que invade o meu peito
É um sentimento
Muito mais rarefeito
Que a solidão
E não há razão
Que não desabe
Nem ilusão
Que se propague
Ou mesmo canção
Que afague
O coração
Ferido
Pelos dentes de sabre
Da paixão
Que nunca sabe
Dizer não
Pra você
Sempre que eu penso
Que o mundo parou
Eu descubro novamente
Tudo o que ficou
E a vida se refaz
Mesmo na tempestade
Da dor latente
Que todo mundo sente
A vida se refaz
Meso na tempestade
Da dor latente
Que todo mundo sente
Além da solidão
Da saudade
E do vulcão
De ansiedade
Que na paixão
Ganha liberdade
E destrói a razão
Há um cavalo de Troia
Dentro do coração
Mas, um dia
A gente supera
A semente
Plantada na mente
Pra sempre reverbera
Mas, até mesmo a canção
Sem refrão
Ainda prospera
Na cidade
Entre a desigualdade
De seres tão iguais
Que sentem saudade
Dos seus ancestrais
De amigos
Perdidos no tempo
E até do lamento
De coisas irreais
O sofrimento
É inerente ao viver
Que o entretenimento
Ajuda a esquecer
Quando não há prazer
E resta só lamento
Uma réstia de sol
No bico do sabiá
Abrirá as cortinas
Para a vida raiar
Ateu Poeta
06/08/2020
32
Afinação
O que que será afinação?
Teu corpo de morena
Açucena ou jargão?
O que que será afinação?
Um bom violino
Ou corpão violão?
O que que será afinação?
Um rock bem feito
Ou um samba-canção?
O que que será afinação?
Canto gregoriano
Ou um simples refrão?
O contra-tempo, o movimento, o catavento
Andado lento, um monumento, andante passan
Pera, uva, salada-mista, ou teu beijo maçã?
Escala harmônica, a escalada
Mônica ou Magali?
A fome aperta, o erro acerta, quase um Jet Li?
O que que será afinação?
A ferida sanada
Ou arada na mão?
O que que será afinação?
Ter um bom camarada
Pra chamar de irmão?
Morrer de repente
Plantar a semente
Ou comer o pão?
Beber aguardente
Bem destilada
Ou salvar a nação?
Voar pelos ares
Ou cair no chão?
Andar mil andares
Ou ir ao Japão?
Colocar jamelão
E o Jalapão em conservação?
Navegar sete mares
Quilombo dos Palmares
Incidente em Antares
Foi um pária o Páris?
Metier de Paris, pares
Aos pares, não repares
A satisfação
É a confirmação
Ou a fascinação
É mera ilusão
Megera e dragão
A vagar no vagão?
O que que será afinação?
O trem ou o trema?
Morfema ou monção?
Mansão, Borborema
Quincas Borba
Ou bordão?
A fina flor que desatina
Ou o frágil furor
De quem desafina?
Decretar dissabor
A todo louvor
A que se destina?
Carol
Ou Albertina?
Cortina ou farol?
A Lua ou o Sol?
O peixe ou o feixe?
O andor ou o anzol?
Ocaso ou arrebol?
Bola, bala ou bemol?
Bolero, lero-lero
Quero-quero
E bem-te-vi
Na clave de sol?
Ateu Poeta
06/08/2020
33
A mão do Maia tá molhada
Razão pela qual
A chapa não será cassada
A mão do Maia tá molhada
Oitenta e nove mil
Somente na rachada
A mão do Maia tá molhada
Será que o Osmar Terra
Já deu sua enterrada?
A mão do Maia tá molhada
E a nossa pátria
Está toda depenada
O Desgoverno
Não quer saber de álcool-gel
O COVID mandou
Mais de cem mil para o Céu
E o Brasil vira um inferno
O Bozo é fruto
De um golpe externo
Tudo está a fogo e ferro
Bolsominion, vai pensando
Que é eterno!
A mão do Maia tá molhada
Razão pela qual
A chapa não será cassada
A mão do Maia tá molhada
Oitenta e nove mil
Somente na rachada
A mão do Maia tá molhada
Será que o Osmar Terra
Já deu sua enterrada?
A mão do Maia tá molhada
E a nossa pátria
Está toda depenada
Ateu Poeta
09/08/2020
O INTERLOCUTOR
Com a leitura a gente esquece
Até mesmo a solidão
Entende que o mundo
Não é mera ficção
Portal para outros mundos
É uma aventura sem igual
Cada pessoa que escreve
Tem um diferente ideal
Por isso nunca busque
Uma leitura muito igual
Sabedoria vem da mistura
Do choque de informação
Abalando as estruturas
Do corpo, mente e coração
Nenhum livro pode ser
Sozinho a salvação
Discorde do que leu
Com muita determinação
Sem fundamentalismo
Pois, a cultura é invenção
Mesmo quando factual
E sem bola de cristal
Ou cavaleiro de armadura
É uma aventura sem igual
A ciência não é megera
Pode até ser diversão
Mas, é preciso espera
Para entender a vocação
Não se prenda a nenhum texto
Ache o contexto da fração
Evite anacronismos
E relativismos da razão
Se não entendeu o autor
Anote as partes principais
Procure o complemento
Em escritos desiguais
Sempre sem amarras
Tal qual investigador
Não é certo desprezar
Internet e televisão
E também aquilo
Que é mera distração
Pois, a quimera se esconde
Na mera desinformação
Por excesso de fakes
Em qualquer localização
Uma mente preguiçosa
Sempre foge da razão
Até em desenho animado
Tem muita manipulação
Mas, um cérebro destreinado
Não encontra a decifração
Muitas vezes é preciso
Desafiar até a evolução
Para de fato evoluir
Como se fosse uma canção
Onde o universo inteiro
Fizesse parte do refrão
Se tudo parece obsoleto
Até mesmo para os seus pais
E há o mesmo lero-lero
Das mudanças valorais
É só cabresto do mercado
Que escraviza
E sempre quer muito mais
Não importa quem morra
Ou desastres ambientais
Só liga para o vil metal
Controlando os políticos
E tudo que for capital
Pecado fomentado pela religião
Que nunca foi de fato religação
Mas, falsificação alegórica
Que corrompeu até a História
Quebrando toda a lógica
De forma categórica
Por mais peremptória
que seja a trajetória
Toda fé é cega
E sega quem nela crê
Por isso procure ser
Um interlocutor que lê
Ateu Poeta
11/08/2020
O TEATRO DOS VAMPIROS
O gomo de mexerica
Virou grafeno ornitorrinco e cloroquina
Quando o idiota toma o poder
Tudo pode acontecer
Exceto a tecitura do bem
A lei é atropelada pelo trem
Do golpe
Que chamamos ditadura
Vocês colhem o fruto
Da apologia à tortura
Eufemismos não anulam o caos
Quantos palhaços
Em esfera federal!
O fim da linha é sempre igual
Venha, meteoro
Ou cometa sideral!
Não adianta rezar por salvação
Deus e Diabo não estão
Nesta canção
Cruzaram os braços
Para a aniquilação
Se existe Inferno
Eu vou descer de caminhão
Com o melhor terno
Do COVID-19
Filho do 17
Da urna que não se move
Tanto imbecil
Morre e não se comove
Adora o fuzil
E tudo que morde
Fazendo alarde
Com panelas do plim plim
Pra sair na Globo
E acender o estopim
Os chifres do Bozo
Já viraram clarim
Em breve, seu couro
Será mero tamborim
Para eleger Moro
Falso Moros da CIA
Que a tudo espia
Com a NSA
É cada pedalada
E gol de placa
Onde estará?
Desenterraram
O Vampirão Golpista
Que parecia temer
Delação do Cunha
Nem se viu nem se vê
Livros taxados
Pela Tchutchuca de Banqueiro
Que chamou de elite
Todo brasileiro vivo
Mesmo sem saber ler
O covil tá armado
Mas, dá pra prever
O passos maçons
Milícia a crescer
Mesmo sem nova fábrica
Irá prevalecer
Mesmo se o mito cair
Porque outro irá nascer
Por falta de um grito
A boiada irá vencer
E como todo boi
Vai pro abate feliz
Achando que política
É dentadura e chafariz
A primeira dama
Tão megera e tão atriz
Há quem a chame meretriz
Seu nome na lama
Está por um triz
Por ser tão atroz
E atrás estar Queiroz
Enquanto o país
Não fizer uma só voz
Estaremos todos nós
Só trocando de algoz
Ateu Poeta
14/08/2020
36
UNICELULAR
Eu queria ser o Sol para iluminar o azul
Do seu artifício auricular
E adentrar no seu coração
Feito violão unicelular
Quando o Cupido vier lhe flechar
Serei sua canção de luz
Viverei sem blue e o blues dos seus olhos azuis
Serão o meu mar de criar amanhecer
Refrão:
Amanhecer é mais que lindo com você
Com você o amanhecer é lindo (3x)
Eu só quero lhe encontrar
E lhe fazer canção
Entre o céu e o mar
Do meu coração
E lhe transformar
Na minha estrela-guia
Todo dia
No seu corpo navegar
Refrão:
Amanhecer é mais que lindo com você
Com você o amanhecer é lindo (3x)
Ateu Poeta
37
A BAILARINA E O BALÃO
Tenho andado tão fora de tudo
Muito longe do mundo
Nesse ultraverso antigo
Voando bem alto
(Amigo ou inimigo?)
No Éden do jardim
Convidei você pra vir comigo
Refrão:
Aventurar-se ou ter abrigo?
Só sei que tenho que partir
Porque, no fim das contas
Ninguém irá por mim
O mundo é um balão
Bolando no espaço noturno
Aventurar-se ou ter abrigo?
Só é triste
Que há estrelas mortas
A iluminar o céu
Refrão:
Aventurar-se ou ter abrigo?
Só sei que tenho que partir
Porque, no fim das contas
Ninguém irá por mim
De um universo em explosão
Caiba no meu chapéu
Não somos mais do que poeira
De alguma supernova
Refrão:
Aventurar-se ou ter abrigo?
Só sei que tenho que partir
Porque, no fim das contas
Ninguém irá por mim
(Maestria da emoção)
Meu coração não sabe nada
Só bombeia
Poesia em canção
A bailarina e a soprano
Dicotomia sem razão
Na primadonna da ilusão
Refrão:
Aventurar-se ou ter abrigo?
Só sei que tenho que partir
Porque, no fim das contas
Ninguém irá por mim
Ateu Poeta
05/09/2020
38
QUEM FOI?
O ataúde é o alaúde do fascismo
Culpam tanto o comunismoO cinismo nos empurra para o abismo
As piranhas cantam As sereias se levantamE se alimentam da usura
Servem aos tubarões As ditaduras
Sempre precisam de porõesQuem foi o primeiro fariseu
E todas as suas podridões
Refrão:
Quem foi o primeiro fariseu
Aécio ou MBL?
Quem foi que matou Marielle? (bis)
Então, o Dólar tá caro? Tá faltando operário?
Aumentaram as demissões?E mentem que não sabem o que aconteceu
Fingiram que era por vinte centavos E afundaram o país E ainda pedem bis
Refrão:
Quem foi o primeiro fariseu
Aécio ou MBL?
Quem foi que matou Marielle? (bis)
Você que é civil
Defendendo a luta armada?
Quer dar golpe com fuzil?
Pra ser capacho de burguês
Virar comida no canil?
Só para provar que é gado?
Quer explodir o Senado?
Prega um novo império português
E trocar o inglês por estadunidense
Aécio ou MBL?
Nazi-fascista que se chama liberal
É só mais um lambe-bota
É só mais um fascista
Empalado no quintal
Refrão:
Quem foi o primeiro fariseu
Aécio ou MBL?
Quem foi que matou Marielle? (bis)
E a esquerda, por que tanto vacila?
Será que quer virar marmita
De bandido direitista?
Tanto dinheiro para salafrário da fé
Aqui é o Estado Laico ou a Santa Sé?
Quem foi?
Mas, só quer tomar café
Quando não imita o próprio algoz
O que o deixa mais feroz
Refrão:
Quem foi o primeiro fariseu
Aécio ou MBL?
Quem foi que matou Marielle? (bis)
Ateu Poeta
39

MESTRE DE SI MESMO
Algumas vezes achei ter criado movimentos novos, na capoeira principalmente, mas depois descobri que pelo menos parte deles já existiam em artes marciais diferentes das que eu treino.
Nem tudo que a gente pensa criar é de fato criação, às vezes é uma descoberta sem intermediador. Isso acontece quando se treina sem mestre.
No caratê o Eveline se surpreendia por eu entender a complexidade de alguns golpes em sua completude, desde que ainda era faixa-branca, mas acredito que isso se dá por eu ter anos já anteriores de capoeira, mesmo não conseguindo fazer muitos movimentos, até mesmo quando era bem magro e não tendo hérnia de disco, o fato de compreender a extensão de alguns movimentos dá a habilidade de evitá-lo, desviando ou segurando-ló e mandar o contra-ataque mais forte ou antecipá-lo aplicando o contra-ataque do contra-ataque antes do oponente ter a change de completar o seu movimento, mesmo sendo mais lento que ele, e até não tento a mesma força talvez, sendo imprevisível quando se espera a previsibilidade.
É engraçado quando lhe subestimam e você aplica o revide muito acima de qualquer coisa esperada. Isso acontece tanto nas artes marciais quanto na política e na vida.
É necessário sempre se reinventar para conseguir tal feito. Não é fácil e há lições que nenhum mestre consegue ensinar, aí você tem que aprender a ser mestre de si mesmo.
Ateu Poeta
10/09/2020
40
Dor sem nome
Tudo o que na vida
Foi felicidade
Some
Vira dor
Sem nome
De sobrenome
#SAUDADE
Ateu Poeta
11/09/2020