#MARESIA
O Sol nasce dentro de si
O sonho em fá
Fascistas adoram mi, mi, mi
Por nunca caírem em si
Deem ré e vão pra lá!
A luta não é vã
Mas, é preciso saber descansar
O mesmo mar da vida
Também sabe afogar
A beleza é delirante
Doce canto da sereia
Mas, a fogueira se apaga
Com areia
Hoje, as bruxas dançam
Pastores dão pasto aos fiéis
Infiéis no posto pressuposto
Falsos alquimistas estão na pista
Tiram a ciência para dançar
O boa noite Cinderela já está no chá
a colher ainda não existe
O loco quer voar
Heróis existem e são mortos
Perseguidos, presos e difamados
Carregam fardos imprecisos
Alguns até são superados
E acham que viveram sem razão
Mas, no fim, deixaram seu legado
O lego deve ser usado
Ninguém é infalível
Nem deve ser amado
Armado, só se for preciso
Com critérios bem apurados
Mistérios são mentiras frias
Na câmara dos retardados
Contrastes são incisivos
Capotraste afinado
Afiada à lança
Que fere a fúria de Deus
E o mata fácil em fervor
Entre samaritanos e fariseus
Malditos são helenos e dórios
E também aqueus
#AteuPoeta
30/04/2021
sexta-feira, 30 de abril de 2021
quarta-feira, 28 de abril de 2021
ESTALAR DO AÇOITE
#ESTALAR_DO_AÇOITE
Antítese, anátema, ômega, alfa geral
Começo, fim, avesso, endereço abissal
Vogal, consoante, dissonante portal
Loucura dançante, escuridão total
Terror e calmaria, Folia e torpor
Fim da alegria e também do dissabor
Falha em si mesma, negação do caos
Canção da inequação, ceifeira de bons e maus
Segadora de cegos e videntes
Tangente do litoral, liteira da inexistência
Ausência no ritual, ingratidão por essência
Suprema deusa, imortal, finita e infinita
Prata, ouro e diamante no bolso do boçal
Sorrateira, ligeira, lenta e avassaladora
Bonita e feia, maldita e salvadora
Incansável, imparável, mas nunca protetora
Embora, para os desesperados, megera acolhedora
Partida sem chegada, estalar do açoite
Inodora e putrefata, a calada da noite
A própria ignorância, pré-começo e pós-fim
soberba e ganância no fundo do tamborim
Matiz sem cor, fel ferrenho de dor
Anestesia, fria sangria, louvor
Religião e ateísmo no lirismo do condor
#AteuPoeta
28/04/2021
domingo, 25 de abril de 2021
PSEUDO-PSIQUÊ
PSEUDO-PSIQUÊ
O que está em pauta nem sempre faz parte da equação
Meu coração na ribalta em construção
Aquela estrela alta no seio da estação
Brilha mais que uma constelação
Psiquê tão linda que psiquê não tem
Ainda anda à espera de alguém
Toda deusa é falsa na valsa do além
Até quem está morto é refém
Toda encruzilhada é arapuca pra quem vem
Com ou sem algum vintém
A tecnocracia a ninguém quer bem
Hipocrisia só é boa pra quem tem
Belenus é quem comanda as terras de Belém
A ítala euforia disse amém
Armas ama sangue, militarismo de xerém
À canção da guerra se atém
Enquanto o rebanho erra, berra para o lobo pastor
O pasto vem da pasta do impostor
Tanto imposto imposto na mão do infrator
A justiça cega e cala o delator
O ator do caos sempre foi amante
De uma Diná tão delirante
Enquanto cresce a dor ao sabor das fotos na estante
A vida não é mais que um instante
#AteuPoeta
25/04/2021
sábado, 24 de abril de 2021
ATEU E COSMONAUTA
#ATEU_E_COSMONAUTA
Solidão é não poder pegar na sua mão
Você se foi e levou o meu coração
Um buraco negro fiou no lugar
Comi estrelas e virei quasar
Quando o pulsar manda um sinal de luz
Aí eu vejo a explosão de supernovas azuis
Farol sem Sol nem arrebol a brilhar
Os cosmonautas não conseguem cantar
Quando a caverna é eterna escuridão
A evolução apura bem a visão
A nave não volta para o mesmo lugar
Pois, o universo dança sem parar
É imenso, diverso e sombrio
Cheio de silêncio e frio
Na mais bruta fera cria arrepio
A vida não é mais que um mero pavio
Cai passageiro e afunda o navio
Nas profundezas do negro rio
Certezas são realezas sem trono
A flor do sonho aflora no sono
Rezas são vãs avelãs salgadas
Espadas de papel molhadas
Todo paraíso é uma furada
No fim, só importa a jornada
Vegas ficam à quantas jardas?
As plêiades não veneram nenhum avatar
A natureza não alimenta mitos
Fardas que ferem sempre criam atritos
O grito no infinito não ecoará
O não dito cria asas
Constrói um novo lar
Entre o ser e o estar
#AteuPoeta
24/04/2021
segunda-feira, 19 de abril de 2021
OGIVA DE NEVE
#OGIVA_DE_NEVE
Nem toda revolução é convulsiva
A História vai muito além do sangue na ogiva
Do gueto, do mangue e da escravidão
Tem orvalhos, rosas, cravos e marighellas
Mas, há querelas que querem evolução
O olho ferido só vê a neve
Não se atreve a enxergar o trevo-trem-razão
Quando ferve na libido do caos
Embebido no pântano podre da religião
Aflora ódio e povos devora, em combustão
Pólvora que evapora na glória funesta
Aleluia categórica de osanas abissais
Os fariseus não são ateus, mas deuses ancestrais
Que condenaram Prometeus, o titã-criador
A ter o fígado destruído pela águia-ganância
Mediocrática no poder da ignorância
A daymoncrácia é abduzida dos mortais
Na meritocracia, euforia dos portais
O rodo roda a roda da fortuna
Ácido no bico da graúna
Sofre quem quer ser condor
Há 2 mil anos mataram o falso salvador
Dalí não surgiu pintura alguma
Que não fosse davincismo de alcunha
Nem todo gênio é herói
E o que é Aladim mói
Com ajuda de Ali Babá
Babilônia é a terra de Judá
Galateia galanteia Menelau
Apolo-Páris empunha a flecha do mal
A bondade é raridade no degrau
Santíssima trindade alguma
Nem santo graal
Farão qualquer mundo ser melhor
Só criam delírio para o vírus vir pior
#AteuPoeta
10/04/2021
SACRA SANGRIA
#SACRA_SANGRIA
A vida é um ciclo
Um círculo
Uma fração
Radiação da sinfonia
Elipse em combustão
Googol de Gogol
Google ao Sol
Já a morte é o entrave
Conclave do caos e calmaria
O fim da sinestesia
O gol fora da trave
Que trava a sintonia
Crepúsculo no ósculo sombrio
Que atravessa a travessia
E a existência dos serem mais soberbos
Transborda a liturgia mais profana
Com morgana maestria
Dança cigana
Sonata de porcelana terno-fria
Fanatismo que nenhuma fé queria
A paixão fere vulcão: sacra sangria
A lacta é que faz via
Cria a solução na caverna mais escura de Platão
Canção de euforia
Transborda saber, sabor e alegria
Felicidade que invade a eudaimonia
A fogueira não queima mais a bruxaria
As fronteiras são dilúvio sem harmonia
As moiras tecem o mundo no fim do dia
A sorte do sabre é cega e sagaz
Moros não gosta dos mortais
Só sei que antes do aqui jaz
Este Ícaro-Aquiles se satisfaz
Com o avesso do começo
E nada mais
#AteuPoeta
19/04/2021
segunda-feira, 12 de abril de 2021
SABRE DE SANGUE
SABRE DE SANGUE
Mania de ensinar o que não sabe
Aonde não cabe
E a quem não quer
Mulher
Solte esse sabre!
Antes que o mundo desabe
Sobre a sua fé
Refrão:
Nem tudo é margarida
Nesta amarga vida
De porco vorazes
E Parcas feridas
Pena que a nação não está mais
Nas mãos do café
Mas, ainda está de pé
Nem sabemos como
A sala de aula cala
Quando fala a cruz
Jesus de Nazaré
Refrão:
Nem tudo é margarida
Nesta amarga vida
De porco vorazes
E Parcas feridas
A NASA faz asa
Nave-casa que arrasa
Mesmo sem chofer
Lúcifer trouxe ferro e fogo
Acendeu a luz
Amassou o pão
E mudou o jogo
Refrão:
Nem tudo é margarida
Nesta amarga vida
De porco vorazes
E Parcas feridas
Agora, o dilúvio flui
E também evolui
Quase sempre o que se diz
Sobre o coração, com convicção
Fenece e cresce à sombra do refrão
Em repetição e variação
Sendo mera ilusão, quimera da canção
Refrão:
Nem tudo é margarida
Nesta amarga vida
De porco vorazes
E Parcas feridas
Mesmo a sua prece
Mata um Sansão
Em hibernação
Com raios mordazes
Calúnias são capazes
De destruir ases
Até no Japão
Refrão:
Nem tudo é margarida
Nesta amarga vida
De porco vorazes
E Parcas feridas
#AteuPoeta
11/04/2021
sexta-feira, 9 de abril de 2021
O TOQUE DE MIDAS
O TOQUE DE MIDAS
terça-feira, 6 de abril de 2021
CHAPEUZINHO VERMELHO
#CHAPEUZINHO_VERMELHO
Eu quero te abraçar
Por dias inteiros
Sentir cada seio
Roçar em meus pelos
Ouvir-te os apelos
Falsos desesperos
Convites mais belos
Sinceros, ligeiros
Ser teu Lobo Mau
Chapeuzinho Vermelho
Derreter teus castelos
Minha Elsa de gelo
Afagar teus cabelos
E te fazer sonhar
Delirar e cantar
Diferentes janeiros
Intermitentes elos
E duelos arteiros
A saudade que dói
Também é tempero
Enquanto o tempo mói
O que vier primeiro
#AteuPoeta
06/04/2021
segunda-feira, 5 de abril de 2021
ANTIMATÉRIA
#ANTIMATÉRIA
Refrão:
Se você quer voar
Ao sabor do mar
O infinito é bonito
Pra poder rimar
Um grito no rito
Mito de amar
Ritmo-labirinto
A flor aflora a bailar
Thanátos nuca viu
Tantos patos perfeito
Eleitos pro jantar
O deleite no leito nem coube
O gado zangado
Morrendo no açougue
Pelo impuro ato
De vento plantar
Pena que a tempestade
Tenha tanta pluma
Os primos primatas
Preterem a espuma
Um lento pranto preto
O gueto se acostuma
A nunca ser alfa
Enquanto o raio fere o prato de alfafa
Refrão:
Se você quer voar
Ao sabor do mar
O infinito é bonito
Pra poder rimar
Um grito no rito
Mito de amar
Ritmo-labirinto
A flor aflora a bailar
Não quero alegria
Espero a felicidade
Que existe na harmonia
De não ter saudade
Mas, a vida é verde harpia
Caos, dor e vidraça
Estraçalha o dia
E a noite abraça
Com grande galhardia
Produz a mordaça
Açoite e trapaça
Rapina, pisa e estia
Esquenta a sangria
Fria guria que com pressa passa
Fera-fúria esguia
Química-alquimia-sinestesia
Refrão:
Se você quer voar
Ao sabor do mar
O infinito é bonito
Pra poder rimar
Um grito no rito
Mito de amar
Ritmo-labirinto
A flor aflora a bailar
O tempo não passa
Maltrata, desvia
Rapina a visão
Enquanto o encanto esquia
Gelo belo de vulcão
Falcão-aporia
Propina em radiação
Canção da magia
Da ciência profunda
A religião se apropria
E produz a sua funda
De nostalgia
Antimatéria magnética
Astrológica, cibernética em arritmia
A colérica coleira em radiografia
Espectrograma da Cosmo-astronomia
Refrão:
Se você quer voar
Ao sabor do mar
O infinito é bonito
Pra poder rimar
Um grito no rito
Mito de amar
Ritmo-labirinto
A flor aflora a bailar
#AteuPoeta
05/04/2021
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