sexta-feira, 30 de abril de 2021

MARESIA

#MARESIA O Sol nasce dentro de si O sonho em fá Fascistas adoram mi, mi, mi Por nunca caírem em si Deem ré e vão pra lá! A luta não é vã Mas, é preciso saber descansar O mesmo mar da vida Também sabe afogar A beleza é delirante Doce canto da sereia Mas, a fogueira se apaga Com areia Hoje, as bruxas dançam Pastores dão pasto aos fiéis Infiéis no posto pressuposto Falsos alquimistas estão na pista Tiram a ciência para dançar O boa noite Cinderela já está no chá a colher ainda não existe O loco quer voar Heróis existem e são mortos Perseguidos, presos e difamados Carregam fardos imprecisos Alguns até são superados E acham que viveram sem razão Mas, no fim, deixaram seu legado O lego deve ser usado Ninguém é infalível Nem deve ser amado Armado, só se for preciso Com critérios bem apurados Mistérios são mentiras frias Na câmara dos retardados Contrastes são incisivos Capotraste afinado Afiada à lança Que fere a fúria de Deus E o mata fácil em fervor Entre samaritanos e fariseus Malditos são helenos e dórios E também aqueus #AteuPoeta 30/04/2021

quarta-feira, 28 de abril de 2021

ESTALAR DO AÇOITE

#ESTALAR_DO_AÇOITE Antítese, anátema, ômega, alfa geral Começo, fim, avesso, endereço abissal Vogal, consoante, dissonante portal Loucura dançante, escuridão total Terror e calmaria, Folia e torpor Fim da alegria e também do dissabor Falha em si mesma, negação do caos Canção da inequação, ceifeira de bons e maus Segadora de cegos e videntes Tangente do litoral, liteira da inexistência Ausência no ritual, ingratidão por essência Suprema deusa, imortal, finita e infinita Prata, ouro e diamante no bolso do boçal Sorrateira, ligeira, lenta e avassaladora Bonita e feia, maldita e salvadora Incansável, imparável, mas nunca protetora Embora, para os desesperados, megera acolhedora Partida sem chegada, estalar do açoite Inodora e putrefata, a calada da noite A própria ignorância, pré-começo e pós-fim soberba e ganância no fundo do tamborim Matiz sem cor, fel ferrenho de dor Anestesia, fria sangria, louvor Religião e ateísmo no lirismo do condor #AteuPoeta 28/04/2021

domingo, 25 de abril de 2021

PSEUDO-PSIQUÊ

PSEUDO-PSIQUÊ

O que está em pauta nem sempre faz parte da equação Meu coração na ribalta em construção Aquela estrela alta no seio da estação Brilha mais que uma constelação Psiquê tão linda que psiquê não tem Ainda anda à espera de alguém Toda deusa é falsa na valsa do além Até quem está morto é refém Toda encruzilhada é arapuca pra quem vem Com ou sem algum vintém A tecnocracia a ninguém quer bem Hipocrisia só é boa pra quem tem Belenus é quem comanda as terras de Belém A ítala euforia disse amém Armas ama sangue, militarismo de xerém À canção da guerra se atém Enquanto o rebanho erra, berra para o lobo pastor O pasto vem da pasta do impostor Tanto imposto imposto na mão do infrator A justiça cega e cala o delator O ator do caos sempre foi amante De uma Diná tão delirante Enquanto cresce a dor ao sabor das fotos na estante A vida não é mais que um instante #AteuPoeta 25/04/2021

sábado, 24 de abril de 2021

ATEU E COSMONAUTA

#ATEU_E_COSMONAUTA Solidão é não poder pegar na sua mão Você se foi e levou o meu coração Um buraco negro fiou no lugar Comi estrelas e virei quasar Quando o pulsar manda um sinal de luz Aí eu vejo a explosão de supernovas azuis Farol sem Sol nem arrebol a brilhar Os cosmonautas não conseguem cantar Quando a caverna é eterna escuridão A evolução apura bem a visão A nave não volta para o mesmo lugar Pois, o universo dança sem parar É imenso, diverso e sombrio Cheio de silêncio e frio Na mais bruta fera cria arrepio A vida não é mais que um mero pavio Cai passageiro e afunda o navio Nas profundezas do negro rio Certezas são realezas sem trono A flor do sonho aflora no sono Rezas são vãs avelãs salgadas Espadas de papel molhadas Todo paraíso é uma furada No fim, só importa a jornada Vegas ficam à quantas jardas? As plêiades não veneram nenhum avatar A natureza não alimenta mitos Fardas que ferem sempre criam atritos O grito no infinito não ecoará O não dito cria asas Constrói um novo lar Entre o ser e o estar #AteuPoeta 24/04/2021

segunda-feira, 19 de abril de 2021

OGIVA DE NEVE

#OGIVA_DE_NEVE Nem toda revolução é convulsiva A História vai muito além do sangue na ogiva Do gueto, do mangue e da escravidão Tem orvalhos, rosas, cravos e marighellas Mas, há querelas que querem evolução O olho ferido só vê a neve Não se atreve a enxergar o trevo-trem-razão Quando ferve na libido do caos Embebido no pântano podre da religião Aflora ódio e povos devora, em combustão Pólvora que evapora na glória funesta Aleluia categórica de osanas abissais Os fariseus não são ateus, mas deuses ancestrais Que condenaram Prometeus, o titã-criador A ter o fígado destruído pela águia-ganância Mediocrática no poder da ignorância A daymoncrácia é abduzida dos mortais Na meritocracia, euforia dos portais O rodo roda a roda da fortuna Ácido no bico da graúna Sofre quem quer ser condor Há 2 mil anos mataram o falso salvador Dalí não surgiu pintura alguma Que não fosse davincismo de alcunha Nem todo gênio é herói E o que é Aladim mói Com ajuda de Ali Babá Babilônia é a terra de Judá Galateia galanteia Menelau Apolo-Páris empunha a flecha do mal A bondade é raridade no degrau Santíssima trindade alguma Nem santo graal Farão qualquer mundo ser melhor Só criam delírio para o vírus vir pior #AteuPoeta 10/04/2021
 

SACRA SANGRIA

#SACRA_SANGRIA A vida é um ciclo Um círculo Uma fração Radiação da sinfonia Elipse em combustão Googol de Gogol Google ao Sol Já a morte é o entrave Conclave do caos e calmaria O fim da sinestesia O gol fora da trave Que trava a sintonia Crepúsculo no ósculo sombrio Que atravessa a travessia E a existência dos serem mais soberbos Transborda a liturgia mais profana Com morgana maestria Dança cigana Sonata de porcelana terno-fria Fanatismo que nenhuma fé queria A paixão fere vulcão: sacra sangria A lacta é que faz via Cria a solução na caverna mais escura de Platão Canção de euforia Transborda saber, sabor e alegria Felicidade que invade a eudaimonia A fogueira não queima mais a bruxaria As fronteiras são dilúvio sem harmonia As moiras tecem o mundo no fim do dia A sorte do sabre é cega e sagaz Moros não gosta dos mortais Só sei que antes do aqui jaz Este Ícaro-Aquiles se satisfaz Com o avesso do começo E nada mais #AteuPoeta 19/04/2021

segunda-feira, 12 de abril de 2021

SABRE DE SANGUE

SABRE DE SANGUE

Mania de ensinar o que não sabe Aonde não cabe E a quem não quer Mulher Solte esse sabre! Antes que o mundo desabe Sobre a sua fé Refrão: Nem tudo é margarida Nesta amarga vida De porco vorazes E Parcas feridas Pena que a nação não está mais Nas mãos do café Mas, ainda está de pé Nem sabemos como A sala de aula cala Quando fala a cruz Jesus de Nazaré Refrão: Nem tudo é margarida Nesta amarga vida De porco vorazes E Parcas feridas A NASA faz asa Nave-casa que arrasa Mesmo sem chofer Lúcifer trouxe ferro e fogo Acendeu a luz Amassou o pão E mudou o jogo Refrão: Nem tudo é margarida Nesta amarga vida De porco vorazes E Parcas feridas Agora, o dilúvio flui E também evolui Quase sempre o que se diz Sobre o coração, com convicção Fenece e cresce à sombra do refrão Em repetição e variação Sendo mera ilusão, quimera da canção Refrão: Nem tudo é margarida Nesta amarga vida De porco vorazes E Parcas feridas Mesmo a sua prece Mata um Sansão Em hibernação Com raios mordazes Calúnias são capazes De destruir ases Até no Japão Refrão: Nem tudo é margarida Nesta amarga vida De porco vorazes E Parcas feridas #AteuPoeta 11/04/2021

sexta-feira, 9 de abril de 2021

O TOQUE DE MIDAS

O TOQUE DE MIDAS


Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber O dissabor do saber é o suplício fenecer O suicídio é o vício do herói A sede cela de se afogar Viver corrói a glória do ser Na lirismo mais salutar Consoantes delirantes Ferem as vocacionais Fonéticas artesanais Quando as vocais Não vagam mais Nos verdes vales dissonantes A mentira destrói Cada dia mais que antes A ciência mais transversal Torto orto ortogonal Portal de verve delirante Faz da sanidade decadência Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber O dissabor do saber é o suplício fenecer A luta vira labuta Alquimista sem essência Do caos o tempo é rebento Que o vento tece em pó Arrebenta o firmamento Do intento mais surreal A Geografia é aporia da paixão Expropria a mente É fel, serpente e vulcão Dá nó cego Na ponte-ego de Platão E cava abismo-aforismo Na hermenêutica mais sangrenta Do mais frágil coração Deixa um deus sem chão No seu próprio inferno-astral Apaga a praia do litoral Mar vira aliteração No sertão mais glacial Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber O dissabor do saber é o suplício fenecer Arrisco não ser Pra te encontrar Querer para cantar Sonhar para poder Fazer para estar Mesmo podendo sofrer É todo quando o ouro brilha E só cego vê Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber O dissabor do saber é o suplício fenecer Nada do que toco é meu Na maiêutica-reversa Onde tudo se esqueceu Simplicidade complexa Onde um nome hexa Nunca mais será eu Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber O dissabor do saber é o suplício fenecer #AteuPoeta 08/04/2021

terça-feira, 6 de abril de 2021

CHAPEUZINHO VERMELHO

#CHAPEUZINHO_VERMELHO Eu quero te abraçar Por dias inteiros Sentir cada seio Roçar em meus pelos Ouvir-te os apelos Falsos desesperos Convites mais belos Sinceros, ligeiros Ser teu Lobo Mau Chapeuzinho Vermelho Derreter teus castelos Minha Elsa de gelo Afagar teus cabelos E te fazer sonhar Delirar e cantar Diferentes janeiros Intermitentes elos E duelos arteiros A saudade que dói Também é tempero Enquanto o tempo mói O que vier primeiro #AteuPoeta 06/04/2021

segunda-feira, 5 de abril de 2021

ANTIMATÉRIA

#ANTIMATÉRIA Refrão: Se você quer voar Ao sabor do mar O infinito é bonito Pra poder rimar Um grito no rito Mito de amar Ritmo-labirinto A flor aflora a bailar Thanátos nuca viu Tantos patos perfeito Eleitos pro jantar O deleite no leito nem coube O gado zangado Morrendo no açougue Pelo impuro ato De vento plantar Pena que a tempestade Tenha tanta pluma Os primos primatas Preterem a espuma Um lento pranto preto O gueto se acostuma A nunca ser alfa Enquanto o raio fere o prato de alfafa Refrão: Se você quer voar Ao sabor do mar O infinito é bonito Pra poder rimar Um grito no rito Mito de amar Ritmo-labirinto A flor aflora a bailar Não quero alegria Espero a felicidade Que existe na harmonia De não ter saudade Mas, a vida é verde harpia Caos, dor e vidraça Estraçalha o dia E a noite abraça Com grande galhardia Produz a mordaça Açoite e trapaça Rapina, pisa e estia Esquenta a sangria Fria guria que com pressa passa Fera-fúria esguia Química-alquimia-sinestesia Refrão: Se você quer voar Ao sabor do mar O infinito é bonito Pra poder rimar Um grito no rito Mito de amar Ritmo-labirinto A flor aflora a bailar O tempo não passa Maltrata, desvia Rapina a visão Enquanto o encanto esquia Gelo belo de vulcão Falcão-aporia Propina em radiação Canção da magia Da ciência profunda A religião se apropria E produz a sua funda De nostalgia Antimatéria magnética Astrológica, cibernética em arritmia A colérica coleira em radiografia Espectrograma da Cosmo-astronomia Refrão: Se você quer voar Ao sabor do mar O infinito é bonito Pra poder rimar Um grito no rito Mito de amar Ritmo-labirinto A flor aflora a bailar #AteuPoeta 05/04/2021