sexta-feira, 9 de abril de 2021

O TOQUE DE MIDAS

O TOQUE DE MIDAS


Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber O dissabor do saber é o suplício fenecer O suicídio é o vício do herói A sede cela de se afogar Viver corrói a glória do ser Na lirismo mais salutar Consoantes delirantes Ferem as vocacionais Fonéticas artesanais Quando as vocais Não vagam mais Nos verdes vales dissonantes A mentira destrói Cada dia mais que antes A ciência mais transversal Torto orto ortogonal Portal de verve delirante Faz da sanidade decadência Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber O dissabor do saber é o suplício fenecer A luta vira labuta Alquimista sem essência Do caos o tempo é rebento Que o vento tece em pó Arrebenta o firmamento Do intento mais surreal A Geografia é aporia da paixão Expropria a mente É fel, serpente e vulcão Dá nó cego Na ponte-ego de Platão E cava abismo-aforismo Na hermenêutica mais sangrenta Do mais frágil coração Deixa um deus sem chão No seu próprio inferno-astral Apaga a praia do litoral Mar vira aliteração No sertão mais glacial Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber O dissabor do saber é o suplício fenecer Arrisco não ser Pra te encontrar Querer para cantar Sonhar para poder Fazer para estar Mesmo podendo sofrer É todo quando o ouro brilha E só cego vê Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber O dissabor do saber é o suplício fenecer Nada do que toco é meu Na maiêutica-reversa Onde tudo se esqueceu Simplicidade complexa Onde um nome hexa Nunca mais será eu Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber O dissabor do saber é o suplício fenecer #AteuPoeta 08/04/2021