O TOQUE DE MIDAS
Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber
O dissabor do saber é o suplício fenecer
O suicídio é o vício do herói
A sede cela de se afogar
Viver corrói a glória do ser
Na lirismo mais salutar
Consoantes delirantes
Ferem as vocacionais
Fonéticas artesanais
Quando as vocais
Não vagam mais
Nos verdes vales dissonantes
A mentira destrói
Cada dia mais que antes
A ciência mais transversal
Torto orto ortogonal
Portal de verve delirante
Faz da sanidade decadência
Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber
O dissabor do saber é o suplício fenecer
A luta vira labuta
Alquimista sem essência
Do caos o tempo é rebento
Que o vento tece em pó
Arrebenta o firmamento
Do intento mais surreal
A Geografia é aporia da paixão
Expropria a mente
É fel, serpente e vulcão
Dá nó cego
Na ponte-ego de Platão
E cava abismo-aforismo
Na hermenêutica mais sangrenta
Do mais frágil coração
Deixa um deus sem chão
No seu próprio inferno-astral
Apaga a praia do litoral
Mar vira aliteração
No sertão mais glacial
Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber
O dissabor do saber é o suplício fenecer
Arrisco não ser
Pra te encontrar
Querer para cantar
Sonhar para poder
Fazer para estar
Mesmo podendo sofrer
É todo quando o ouro brilha
E só cego vê
Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber
O dissabor do saber é o suplício fenecer
Nada do que toco é meu
Na maiêutica-reversa
Onde tudo se esqueceu
Simplicidade complexa
Onde um nome hexa
Nunca mais será eu
Refrão: Há sempre um sabor a mais no saber
O dissabor do saber é o suplício fenecer
#AteuPoeta
08/04/2021
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