#OGIVA_DE_NEVE
Nem toda revolução é convulsiva
A História vai muito além do sangue na ogiva
Do gueto, do mangue e da escravidão
Tem orvalhos, rosas, cravos e marighellas
Mas, há querelas que querem evolução
O olho ferido só vê a neve
Não se atreve a enxergar o trevo-trem-razão
Quando ferve na libido do caos
Embebido no pântano podre da religião
Aflora ódio e povos devora, em combustão
Pólvora que evapora na glória funesta
Aleluia categórica de osanas abissais
Os fariseus não são ateus, mas deuses ancestrais
Que condenaram Prometeus, o titã-criador
A ter o fígado destruído pela águia-ganância
Mediocrática no poder da ignorância
A daymoncrácia é abduzida dos mortais
Na meritocracia, euforia dos portais
O rodo roda a roda da fortuna
Ácido no bico da graúna
Sofre quem quer ser condor
Há 2 mil anos mataram o falso salvador
Dalí não surgiu pintura alguma
Que não fosse davincismo de alcunha
Nem todo gênio é herói
E o que é Aladim mói
Com ajuda de Ali Babá
Babilônia é a terra de Judá
Galateia galanteia Menelau
Apolo-Páris empunha a flecha do mal
A bondade é raridade no degrau
Santíssima trindade alguma
Nem santo graal
Farão qualquer mundo ser melhor
Só criam delírio para o vírus vir pior
#AteuPoeta
10/04/2021
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