segunda-feira, 19 de abril de 2021

OGIVA DE NEVE

#OGIVA_DE_NEVE Nem toda revolução é convulsiva A História vai muito além do sangue na ogiva Do gueto, do mangue e da escravidão Tem orvalhos, rosas, cravos e marighellas Mas, há querelas que querem evolução O olho ferido só vê a neve Não se atreve a enxergar o trevo-trem-razão Quando ferve na libido do caos Embebido no pântano podre da religião Aflora ódio e povos devora, em combustão Pólvora que evapora na glória funesta Aleluia categórica de osanas abissais Os fariseus não são ateus, mas deuses ancestrais Que condenaram Prometeus, o titã-criador A ter o fígado destruído pela águia-ganância Mediocrática no poder da ignorância A daymoncrácia é abduzida dos mortais Na meritocracia, euforia dos portais O rodo roda a roda da fortuna Ácido no bico da graúna Sofre quem quer ser condor Há 2 mil anos mataram o falso salvador Dalí não surgiu pintura alguma Que não fosse davincismo de alcunha Nem todo gênio é herói E o que é Aladim mói Com ajuda de Ali Babá Babilônia é a terra de Judá Galateia galanteia Menelau Apolo-Páris empunha a flecha do mal A bondade é raridade no degrau Santíssima trindade alguma Nem santo graal Farão qualquer mundo ser melhor Só criam delírio para o vírus vir pior #AteuPoeta 10/04/2021