sábado, 24 de abril de 2021

ATEU E COSMONAUTA

#ATEU_E_COSMONAUTA Solidão é não poder pegar na sua mão Você se foi e levou o meu coração Um buraco negro fiou no lugar Comi estrelas e virei quasar Quando o pulsar manda um sinal de luz Aí eu vejo a explosão de supernovas azuis Farol sem Sol nem arrebol a brilhar Os cosmonautas não conseguem cantar Quando a caverna é eterna escuridão A evolução apura bem a visão A nave não volta para o mesmo lugar Pois, o universo dança sem parar É imenso, diverso e sombrio Cheio de silêncio e frio Na mais bruta fera cria arrepio A vida não é mais que um mero pavio Cai passageiro e afunda o navio Nas profundezas do negro rio Certezas são realezas sem trono A flor do sonho aflora no sono Rezas são vãs avelãs salgadas Espadas de papel molhadas Todo paraíso é uma furada No fim, só importa a jornada Vegas ficam à quantas jardas? As plêiades não veneram nenhum avatar A natureza não alimenta mitos Fardas que ferem sempre criam atritos O grito no infinito não ecoará O não dito cria asas Constrói um novo lar Entre o ser e o estar #AteuPoeta 24/04/2021