#ATEU_E_COSMONAUTA
Solidão é não poder pegar na sua mão
Você se foi e levou o meu coração
Um buraco negro fiou no lugar
Comi estrelas e virei quasar
Quando o pulsar manda um sinal de luz
Aí eu vejo a explosão de supernovas azuis
Farol sem Sol nem arrebol a brilhar
Os cosmonautas não conseguem cantar
Quando a caverna é eterna escuridão
A evolução apura bem a visão
A nave não volta para o mesmo lugar
Pois, o universo dança sem parar
É imenso, diverso e sombrio
Cheio de silêncio e frio
Na mais bruta fera cria arrepio
A vida não é mais que um mero pavio
Cai passageiro e afunda o navio
Nas profundezas do negro rio
Certezas são realezas sem trono
A flor do sonho aflora no sono
Rezas são vãs avelãs salgadas
Espadas de papel molhadas
Todo paraíso é uma furada
No fim, só importa a jornada
Vegas ficam à quantas jardas?
As plêiades não veneram nenhum avatar
A natureza não alimenta mitos
Fardas que ferem sempre criam atritos
O grito no infinito não ecoará
O não dito cria asas
Constrói um novo lar
Entre o ser e o estar
#AteuPoeta
24/04/2021
Nenhum comentário:
Postar um comentário