sábado, 18 de julho de 2020

TURBILHÃO FUGAZ

TURBILHÃO FUGAZ

A inspiração não salva
Mas, revigora
Pois, a chama do vulcão
Precisa ir pra fora
A metástase corrói
Na fraqueza que aflora
A franqueza da flor
Que à natureza implora
Perfume e sabor
O chamariz da flora
Para que a fauna sempre volte
E sirva enquanto devora
Alteza nenhuma é para sempre peremptória
A relatividade mais inativa
Às vezes muda a trajetória 
O mais é ilusão
Falcatruas cruas
No turbilhão da História

Ateu Poeta
Julho 2020

SOMBRA SONORA

SOMBRA SONORA

As memórias são reflexos
Simples sombras do que somos
Dialética sonora
Bálsamo, jiló, maçã e amora
Muito embora venha o tempo
Que a tudo devora
Mas, não pode destruir
Ou levar embora
O próprio existir
Matéria bruta que se aprimora
Da própria imperfeição
Aliteração que em tudo mora

Ateu Poeta
Julho 2020

INFINITO FENECER

INFINITO FENECER

Viver: profunda dicotomia do paradoxo
Somos eternas sinfonias do caos mais ortodoxo
Sinestesias musicais
Que só existem em execução 
Efemérides desiguais
A verdade da ilusão
Não importa se a saudade dilacera o coração
Porque o universo é vulcão de dantesca maestria
Onde a matéria não se acaba
E tampouco se cria
Contemplar não é mais importante do que ser
Embora que o estar possa sempre prevalecer
Dia e noite: meras metades
Do infinito fenecer

Ateu Poeta
Julho 2020

O OFÍCIO DO CÃO

O OFÍCIO DO CÃO

Religião é um vício
O ofício do cão
Precipício
Para a população
É difícil
Escapar do vulcão
Um sacrifício
De sanidade
Para quem quer
Descobrir a verdade

Ateu Poeta
Julho 2020

O VÍCIO DE OFÍCIO


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O VÍCIO DE OFÍCIO

Escrever é um vício
Ofício que tenho
A oferecer
Sempre que o mundo cair
No precipício
Na noite mais difícil 
De sobreviver
Para poder
Dançar
Esquecer
Ver o passarar 
Florescer
Assoviar no vento frio
Do ventre sombrio
Do entardecer
Quando a velhice vier
Mesmo a doer
E eu não puder cantar
Sonhar
Refazer
Talvez os versos 
Façam festa
Por entre a réstia
De vida
Aferia
Ao meu coração

Ateu Poeta
Julho-2020

sexta-feira, 17 de julho de 2020

FREIRAS DE SATÃ


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FREIRAS DE SATÃ

Não quero ver outro final feliz
Todo vício é ilusão
E a paixão
A sedução
Para o começo do fim
Não espero distopia no divã
Da irmã de Deus
Nem quero ver fariseus e seus afãs
Ou mesmo os sinos pequeninos
Leviatãs
O sangue podre dos titãs
Primordiais feitos de maçãs
E dos mais torpes rituais
Mais virtuais que as manhãsAmanhã concederia 
Mais euforia de hortelãs
Para sanar febres terçãs
Em terças-feiras
Freiras de Satã

Ateu Poeta
Julho 2020

O grande paradoxo da existência é que as coisas mais fracas desafiam o profundo caos, pelo simples fato de existir; e não há força maior. Ateu Poeta

O grande paradoxo da existência é que as coisas mais fracas desafiam o profundo caos, pelo simples fato de existir; e não há força maior.

Ateu Poeta
Julho 2020

Toda cultura que dura leva em sua estrutura a assinatura da evolução Ateu Poeta

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Toda cultura que dura leva em sua estrutura a assinatura da evolução
Ateu Poeta
Julho 2020

ETERNA ILUSÃO


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ETERNA ILUSÃO

O glacê dos seus lábios
Vira mel
É muito fácil ir ao céu
Basta você me abraçar

Clichê glacial se faz vulcão
E explode coração
O preto e o branco da canção
Separados sem razão

Paixão fere
Feito fera sem noção
Uma eterna ilusão
Que me faz sangrar

Ateu Poeta
Julho-2020

MAGMA FÊNIX

MAGMA FÊNIX

A veia-verve
Ferve fogo e faz vulcão
Fere o seio da razão
Até a paixão sangrar
E gerar um Vesúvio sem nome
Que a tudo consome
Enquanto o mundo some
A dizer:_ en guard!

Ateu Poeta
Julho-2020

MERETRIZ AO MAR

MERETRIZ AO MAR

O poeta faz da lágrima canção
Criando a emoção que a palavra não diz
Cada verso dói
No coração mais pueril
Seca a sede sem cantil
E causa alucinação
Enquanto se dança
Com medo de quimera
A vida é mera
Meretriz da ação

Ateu Poeta
Julho-2020

Todo ser vivo é um parasita. Ateu Poeta.

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Todo ser vivo é um parasita
Ateu Poeta
Julho-2020

A dolência é uma condição insolente do viver. Ateu Poeta

A dolência é uma condição insolente do viver
Ateu Poeta
Julho-2020