sábado, 18 de julho de 2020

INFINITO FENECER

INFINITO FENECER

Viver: profunda dicotomia do paradoxo
Somos eternas sinfonias do caos mais ortodoxo
Sinestesias musicais
Que só existem em execução 
Efemérides desiguais
A verdade da ilusão
Não importa se a saudade dilacera o coração
Porque o universo é vulcão de dantesca maestria
Onde a matéria não se acaba
E tampouco se cria
Contemplar não é mais importante do que ser
Embora que o estar possa sempre prevalecer
Dia e noite: meras metades
Do infinito fenecer

Ateu Poeta
Julho 2020